Restart: Modismo Ou Mudança?
De tempos em
tempos o cenário musical se "renova". De tempos em tempos as
gravadoras produzem artistas para suprir uma necessidade apenas mercadológica.
É verdade que a tendência da geração anterior é negar a geração atual. Eis a
nostalgia. As bandas surgem e ganham força, muitas vezes, por aquilo que
deveria "vender". Sua música. O fato é que nem sempre a música se
torna a atração do Busine$$. Não que não possuam talento, por que senão seriam
tragados pelo sistema e substituídos por outro "produto", ou seja,
outra banda. A cada passagem do tempo surge uma banda, assim foi com o CPM 22,
Nxzero, Fresno, Cine, e agora o #RockHappy "Restart". Alguém já parou
para pensar que a banda provocou uma mudança, não na música em si, nem tão
pouco na forma de fazê-la. Provocou uma mudança no mercado de comercialização
de uma banda. É bem verdade que os garoto sabem se portar no palco e convencer
seus espectadores. Eis a histeria. Muitos podem não gostar, ou simplesmente não
aceitar. Eu não gosto, mas aceito-os! Há todo um marketing por trás dos cortes
malucos, óculos extravagantes e calças coloridas. Além da música que a banda
propõe a fazer, há também a imagem que a banda consegue reverter em lucro para
seus empresários, mercenários do mercado da música, em vendas de produtos
licenciados com seu nome. Toda banda para se manter no pedestal por alguns
quinze minutos ou uma longa jornada é necessário emplacar "hits"
quase sempre escolhidos com o aval das principais rádios do Brasil. Jabá é
coisa do passado, o interessante nesta nova década e produzir "hits" comercialmente
aceitos para tocar em rádios e tevê e muitas vezes vender um disco não tão bom
assim nas praças. É o que acontece. O modismo ou fanatismo exacerbado ocorre em
qualquer área. Sempre vai surgir um livro que se tornará "Best
Seller", não pela sua qualidade, mas pela sua quantidade de leitores.
O efêmero sempre vai existir o que resta saber é se o que está sendo vendido
momentaneamente será suficiente para suprir toda uma cadeia de adolescentes
sedentos por novidades. Novidades estas atualizadas a cada segundo, minuto com
o advento e acesso fácil às tecnologias: A Internet. Com certeza para que a
banda não seja esquecida, ou fique fora das notícias mais comentadas, os
inteligentes e fugazes empresários, já providenciam um registro DVD bastante
colorido e com papel picado cintilante no final. É assim que se faz uma banda
sobreviver a esse formidável mundo cão chamado: indústria fonográfica. Depois
de colher os louros de um disco tão bem "aceito", vendido, eis o
próximo desafio: Produzir um segundo disco. Então vem a dúvida, neste período
certamente a banda amadureceu seus pensamentos, e é claro, musicalmente. Então
o que fazer? Atender mais uma vez ao mercado, ou ter atitude e maturidade
suficiente para produzir algo mais elaborado musicalmente? Eis o impasse. De
tantas formas possíveis de arrumar briga com a gravadora e impor suas
necessidades, o artista acaba se tornando submisso dentro do próprio sistema
que foi criado. Então a #familiaRestart composta naturalmente ou percentualmente
por meninas histéricas, inconsequentes, blindadas a outras possibilidades e
voltadas para este "brinquedinho de luxo", quase ultrapassado, terá
maturidade suficiente para entender que o "PopMerchan" vendido pelo
grupo no inicio da carreira já não fará mais sentido a certa altura? Por que
fã, aqueles blindados... Sempre querem um disco igual, um atrás do outro, as
mesmas melodias, refrãos grudentos e os mesmos temas. Haja visto que artista
que não se desenvolve musicalmente fica ultrapassado e é substituído por um
novo produto. @acarnot
Até a próxima pessoal.
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